domingo, 1 de junho de 2008
Efeitos do Ambiente Quente
A permanência da pessoa em ambiente quente pode provocar duas situações: golpe de calor e insolação.
- Golpe de calor
Afecta normalmente as pessoas que praticam exercício físico em ambientes quentes e húmidos ou permanecem nesse ambiente por um período prolongado de tempo.
Qualquer vítima de golpe de calor deve receber cuidados médicos.
Sinais e Sintomas
o Palidez;
o Arrefecimento corporal;
o Suores frios e viscosos;
o Dilatação pupilar;
o Dores de Cabeça, cansaço, tonturas e náuseas;
o Cãibras (devido à desidratação);
o Ventilação rápida e superficial;
o Pode surgir inconsciência.
Primeiro socorro
o Levar a vítima para um local fresco e arejado;
o Aplicar o 1º socorro geral para uma situação de choque;
o Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência geral;
o Promover o transporte ao hospital.
- Insolação
A Insolação é causada pela exposição prolongada do corpo num ambiente quente e seco. A temperatura do corpo pode subir até 43° C devido à impossibilidade de transpirar.
Qualquer vítima de insolação deve receber cuidados médicos.
Sinais e Sintomas
o Congestionamento (pele vermelha);
o Aumento da temperatura corporal;
o Pele seca;
o Contracção pupilar;
o Agitação;
o Dores de Cabeça;
o Náuseas ou vómitos;
o Pulso forte e irregular;
o Ventilação rápida e profunda;
o A inconsciência pode sobrevir rapidamente;
Primeiro socorro
o Levar a vítima para um local fresco e arejado;
o Arrefecer gradualmente todo o corpo, dando maior atenção à região da cabeça;
o Envolver a vítima num lençol húmido;
o Prevenir o choque;
o Vigiar as funções vitais;
o Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência;
o Promover transporte para o hospital.
Efeitos do Ambiente Frio
As lesões pelo frio podem ser generalizadas ou localizadas dando respectivamente situações de hipotermia e geladura.
- Geladura
A lesão é provocada pela contracção dos vasos sanguíneos superficiais, como reacção a uma temperatura fria prolongada, situação que implica o aparecimento de edema (inchaço) dos tecidos e de trombos no interior dos vasos que diminuem ainda mais a perfusão local.
Sinais e Sintomas
o As áreas afectadas tornam-se pálidas, depois brancas como cera, cianosadas, à medida que a falha de irrigação aumenta;
o Podem ocorrer bolhas;
o Diminuição dos movimentos locais;
o A vítima refere a “picadas” e dores intensas, mas a região torna-se gradualmente dormente e a dor desaparece à medida que a lesão progride;
o Existe rigidez e insensibilidade térmica.
Primeiro socorro
o Levar a vítima para um local aquecido;
o Retirar roupa e calçado molhados ou húmidos, cortando se necessário;
o Aquecer a zona afectada gradualmente, de forma indirecta, para evitar uma maior destruição dos tecidos;
o Prevenir o choque;
o Promover o transporte ao hospital.
- Hipotermia
A hipotermia surge quando a temperatura do corpo baixa a valores inferiores a 35°C. A hipotermia moderada pode, normalmente, ser invertida, conseguindo-se uma recuperação completa. No entanto, se a temperatura do corpo baixar para menos de 26 C, é extremamente difícil a recuperação.
A hipotermia ocorre quando a temperatura ambiente é muito baixa nas encostas das montanhas ou nos baldios, especialmente se o frio é acompanhado por chuva, humidade ou neve, ou por imersão em mares, lagos ou rios. A falta de preparação física, a fadiga, fome e desidratação aumentam o risco de hipotermia.
Sinais e Sintomas
o A pele da vítima está fria, pálida e seca;
o A temperatura corporal está baixa - 35°C ou menos;
o Diminuição da lucidez e alterações do comportamento;
o O pulso e a ventilação estão abaixo do normal;
o À medida que a vítima vai perdendo a consciência, as funções vitais tornam-se cada vez mais difíceis de detectar, levando mesmo a uma paragem cardíaca (iniciar de imediato manobras de RCP).
Primeiro socorro
o Retirar o vestuário molhado ou húmido;
o Colocar botijas de água quente, protegidas, nas axilas e virilhas, para a manutenção da temperatura central. A sua colocação nas extremidades é contra-indicada, porque o aumento da circulação periférica ajuda a diminuir ainda mais a temperatura central;
o Agasalhar com cobertor;
o Colocar a vítima de acordo com o seu estado de consciência;
o Vigiar as funções vitais;
o Promover o transporte ao hospital.
Alterações do Estado de Consciência
- Alcoolismo Agudo
Sinais e Sintomas
Hálito característico a álcool;
Falta de coordenação de movimentos;
Dificuldade na articulação das palavras;
Alegria e exuberância de atitudes;
Conflitualidade;
Ventilação irregular e acelerada;
Congestionamento facial (numa fase inicial) / palidez;
Transpiração abundante com arrefecimento generalizado;
Contracção de pequenos grupos musculares;
o Alterações da lucidez, do equilíbrio, da força e da consciência (em situações mais graves surge o coma etílico).
Primeiro socorro
Se a vítima estiver consciente:
Eliminar o conteúdo gástrico provocando o vómito;
Dar bebidas fortemente açucaradas;
Manter a temperatura corporal;
Vigiar as funções vitais.
Se a vítima estiver inconsciente:
Manter a via aérea permeável;
Colocar a vítima em PLS;
Manter a temperatura corporal;
Colocar açúcar debaixo da língua;
Vigiar as funções vitais;
Promover o transporte ao hospital.
- Dor pré-cordial
No caso de ocorrer uma diminuição ou interrupção súbita de sangue oxigenado ao miocárdio este pode entrar em sofrimento decorrente.
Das alterações cardiovasculares as mais comuns são: a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio.
- angina de peito: resulta de uma diminuição do fluxo de sangue oxigenado ao músculo cardíaco, com dor na região pré-cordial.
- enfarte agudo do miocárdio: resulta da obstrução brusca e total de uma artéria coronária ou suas ramificações, condicionando a circulação a determinada zona do músculo cardíaco e ocasionando morte celular - necrose.
Sinais e Sintomas
Desconforto torácico;
Dor pré-cordial;
Agitação, ansiedade, angústia;
Náuseas e vómitos;
Sudorese;
Meteorismo abdominal;
Ventilação difícil;
Pulso rápido, irregular e fraco;
Hipotensão;
Possível inconsciência.
Primeiro socorro
Promover um ambiente tranquilo junto da vítima;
Evitar qualquer movimento;
Reforço da confiança;
o Se consciente, colocar a vítima numa posição confortável sempre com o tronco ligeiramente mais elevado;
Se inconsciente, colocá-la em PLS;
Manter a temperatura corporal;
Vigiar as funções vitais;
Averiguar se toma medicação específica;
Promover o transporte ao hospital;
Se disponível inalação de 3 l/min de O2.
- Epilepsia
Sinais e Sintomas
Existem dois grandes grupos de epilepsia:
Pequeno mal epiléptico que se caracteriza por:
Alterações do comportamento;
Ausências/Alheamento.
· Grande mal epiléptico que se caracteriza por 4fases:
1. Fase aura:
o Alucinação sensorial com sensação de ataque eminente;
2.Fase tónica:
o Há perda da consciência, aumento do tónus muscular e apneia;
3.Fase clónica:
o Caracterizada por movimentos de contracção-relaxamento de grupos alternados de músculos, por vezes acompanhada por ventilação ruidosa, salivação abundante e perda de controlo dos esfíncteres;
1. Fase pós-crítica:
o Dá-se o relaxamento dos músculos e a recuperação progressiva da consciência;
Primeiro socorro
Pequeno mal epiléptico:
o Acalmar e colocar a vítima em posição confortável;
o Se necessário, promover o transporte ao hospital.
Grande mal epiléptico:
o Impedir a auto-mutilação, afastando objectos e protegendo a cabeça e membros superiores;
o Desapertar as roupas ao nível do pescoço, tórax e abdómen;
o Prevenir a alteração da função cardio-respiratória mantendo a via aérea permeável;
o Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência;
o Vigiar as funções vitais;
o Promover o transporte ao hospital.
- Acidente Vascular Cerebral
Os AVC’s resultam da diminuição ou ausência do fluxo de sangue e, consequentemente, de oxigénio a nível dos tecidos das estruturas encefálicas.
Existem dois grandes tipos de AVC’s:
- Isquémicos
. Acidente Isquémico transitório (AIT);
. Trombose;
. Embolia.
- Hemorrágicos
. Hemorragia cerebral.
Sinais e sintomas
Perda brusca do conhecimento;
Descoordenação, descontrolo ou mesmo incapacidade de realização de movimentos;
Cefaleias fortes;
Agitação e ansiedade;
Dificuldade na articulação das palavras;
Anisocória (pupilas com diâmetros diferentes, estando mais dilatada a do lado da lesão);
Paralisia facial;
Incontinência de esfíncteres;
Insensibilidade aos estímulos tácteis;
Palidez;
Sudorese.
Primeiro socorro
Reduzir a tensão emocional:
Manter um ambiente tranquilo;
Afastar os familiares;
Incutir confiança.
Promover o estímulo verbal;
Manter a via aérea permeável;
Desapertar as roupas ao nível do pescoço, tórax e abdómen;
o Colocar a vítima numa posição confortável, de acordo com o seu grau de consciência;
o Manter a temperatura corporal;
o Manter as funções vitais;
o Promover o transporte ao hospital.
- Diabetes
Hipoglicémia
Fornecimento insuficiente de substrato calórico (glicose) devido a:
Jejum prolongado;
Esforços físicos incomuns e em condições climatéricas desfavoráveis que aumenta os consumos energéticos do organismo;
Dose excessiva de insulina exógena em doente que seja diabético e insulo-dependente.
Sinais e sintomas
Sensação de fraqueza/fome;
Palidez acentuada;
Sudorese abundante e fria;
Pele pegajosa;
Pulso rápido e cheio;
Ventilação superficial e tendencialmente deprimida;
Parestesias no rosto e nas mãos;
Convulsões – Coma.
Primeiro socorro
o Se a vítima estiver consciente e conseguir deglutir, pode dar-se água com açúcar;
o Se a vítima estiver inconsciente, deve manter a via aérea permeável e colocar um torrão de açúcar sublingual;
o Manter a temperatura corporal;
o Vigiar as funções vitais;
o Promover o transporte ao hospital.
Hiperglicémia
Excesso de açúcares no sangue, relativamente ao nível de insulina circulante. Pode surgir como causa directa de:
Uma refeição muito rica em hidratos de carbono (açúcares);
Falta de insulina exógena em doentes diabéticos e insulino-dependentes.
Sinais e sintomas
Fadiga crescente;
Estupor progressivo;
Manutenção da prega cutânea/desidratação;
Ventilação rápida, profunda e irregular;
Pulso rápido e cheio;
Hálito adocicado a fruta ou acetona (hálito cetónico);
Face rosada e aspecto congestionado;
Inconsciência – coma.
Primeiro socorro
Obter história clínica:
O doente é insulino-dependente?
Já administrou a dose de insulina diária?
O doente faz antidiabéticos orais?
Manter as vias aéreas permeáveis;
Vigiar as funções vitais;
Promover o transporte ao hospital.
Lesões Articulares
- Entorse
Rotura ou torção dos ligamentos que reforçam uma articulação, provocada por um repuxamento violento ou movimento forçado a esse nível.
Sinais e Sintomas
o Dor forte, no momento do acidente, que aumenta com o movimento;
o Edema (inchaço) na região articular;
o Equimose (“nódoa negra”), em alguns casos.
Primeiro Socorro
o Instalar a vítima em posição confortável;
o Fazer aplicações frias no local;
o Conferir apoio à articulação, envolvendo-a em camada espessa de algodão que se fixa com uma ligadura;
o Em caso de dúvida, imobilizar a articulação como se de uma fractura se tratasse e promover transporte ao hospital.
- Luxação
Perda de contacto das superfícies articulares por deslocação dos ossos que formam uma articulação, o que acontece quando esta sofre uma violência directa ou indirecta.
Sinais e Sintomas
o Dor violenta;
o Impotência funcional;
o Deformação;
o Edema.
Primeiro Socorro
o Instalar a vítima em posição confortável;
o Imobilizar sem fazer qualquer redução;
o Prevenir/combater o choque;
o Promover o transporte ao hospital.
Lesões Musculares
- Distensão
Rotura das fibras que compõem os músculos, resultante de um esforço para além da sua resistência (ex: levantar pesos).
Sinais e Sintomas
o Dor local de instalação súbita;
o Rigidez muscular;
o Edema.
Primeiro Socorro
o Instalar a vítima em posição confortável;
o Se o acidente é recente, fazer aplicações frias;
o Repouso absoluto do músculo, mantendo-o imóvel;
o Se houver dúvidas sobre o estado da vítima promover o transporte ao hospital.
- Cãibra
Contracção sustentada, involuntária e dolorosa de um músculo ou de um conjunto de músculos, provocada por situações de fadiga muscular, sudação abundante ou qualquer outra situação que provoque desidratação.
Sinais e Sintomas
o Dor local de instalação súbita;
o Rigidez muscular;
o Edema.
Primeiro Socorro
o Distender os músculos afectados forçando o seu relaxamento;
o Massajar suavemente o local;
o Aplicar, localmente e de forma indirecta, calor.
Lesões Ósseas
- Fracturas
Podem apresentar-se como:
Fechadas – quando não existe ferida no foco de fractura (zona onde se dá a fractura);
Abertas ou expostas – sempre que há ferida e visualização do foco de fractura.
Causas
- Violência directa
O osso fractura no ponto onde se deu a pancada.
- Violência indirecta
A lesão encontra-se localizada a alguma distância do ponto aonde foi aplicada a força.
Complicações
o Choque;
o Hemorragia;
o Ferida;
o Infecção.
Sinais e Sintomas
o Dor no local;
o Edema;
o Deformação;
o Encurtamento do membro;
o Impotência funcional ou perda de função;
o Mobilidade anormal;
o Crepitação óssea.
Primeiro Socorro
o Instalar a vítima em posição de conforto, sem lhe fazer grandes movimentos e deslocações;
o Expor o foco da fractura, cortando a roupa que o envolve (ou retirando o calçado em situações de suspeita de fractura da perna e/ou pé);
o Retirar adornos;
o Combater as complicações;
o Prevenir o choque;
o Controlar hemorragias por compressão manual indirecta;
o Cobrir com compressas as feridas;
o Lidar com os topos ósseos visíveis como se fossem corpos estranhos encravados, protegendo-os;
o Proceder à imobilização, tendo o cuidado de:
· Não modificar a posição;
· Imobilizar as articulações acima e abaixo do foco de fractura;
· Não fazer redução da fractura;
· As talas a aplicar devem estar almofadadas ou protegidas e não devem impedir a circulação local.
Traumatismos
- Traumatismo crânio - encefálico
Estes traumatismos podem ser graves e mesmo mortais se a zona atingida for uma zona vital. Outro problema que estes TCE apresentam é que a sintomatologia pode não se revelar de imediato. Convêm por isso uma vigilância apertada e encaminhamento para uma Unidade de Saúde.
Sinais e Sintomas
Alteração da consciência;
Diminuição de lucidez;
Alterações de equilíbrio;
Sonolência;
Dores de cabeça;
Náuseas e vómitos;
Hemorragias externas no couro cabeludo;
Hemorragias internas com exteriorização pelo ouvido e nariz;
Perda de líquido céfalo-raquidiano;
Diferença no diâmetro das pupilas;
Alterações de sensibilidade;
Perda de mobilidade num dos lados do corpo;
Máscara equimótica.
Primeiro Socorro
Expor a zona;
Fazer um Exame Geral da Vítima e uma avaliação do estado de consciência;
Aplicar colar cervical improvisado;
Se houver ferida fazer penso e cobertura;
Se houver fractura proteger a zona com rodilha;
Se existir hemorragia pelo nariz ou ouvido NÃO controlar;
Colocar a vítima consciente sentada e recostada;
Colocar a vítima inconsciente em PLS com o lado da lesão virado para cima;
Aguardar a chegada da ambulância.
- Traumatismo Facial
Estes traumatismos normalmente envolvem algum aparato em virtude da face ser uma zona bastante irrigada e desprotegida o que provoca bastantes hemorragias, feridas na boca e nariz e edemas na zona. Uma das situações mais gaves e preocupação imediata é a obstrução das vias aéreas superiores.
Sinais e Sintomas
Hemorragias;
Feridas;
Fracturas dos ossos da face;
Lesão dos olhos;
Sinais de asfixia.
Primeiro Socorro
Libertação das vias aéreas;
Colocação de colar cervical;
Em caso de lesão nos olhos fazer penso oclusivo;
Vigiar funções vitais;
Aguardar a chegada da ambulância.
- Traumatismo Vértebro - Medular
Estes traumatismos podem levar à compressão ou corte dos ramos da espinal medula ou mesmo do tronco principal sendo este ultimo o caso mais grave. Mesmo que não surjam sinais e sintomas, em caso de, pelo tipo de acidente existir alguma suspeita de lesão, é-lhe aplicado o primeiro socorro.
Sinais e Sintomas
Existência de dor local;
Perda de força;
Formigueiro ou perda de sensibilidade;
Dificuldade ou incapacidade de efectuar movimentos.
Primeiro Socorro
Imobilidade absoluta da vítima;
Colocar colar cervical;
Vigiar funções vitais;
Manter a temperatura corporal.
- Traumatismo Torácico
Neste tipo de traumatismo podem incluir-se desde as feridas superficiais das paredes do tórax, fracturas simples de costelas até à fractura do externo, lesões dos pulmões e situações mais graves que podem levar mesmo à paragem ventilatória e cardíaca.
Sinais e Sintomas
Dor local;
Ventilação rápida e superficial;
Sinais de hemorragias, fracturas e choque.
Primeiro Socorro
Num traumatismo da parede do tórax fazer penso e cobertura;
Se existir retalho costal móvel, imobilizar com gravatas;
o Se traumatismo aberto, tamponar e imepermeabilizar deixando o bordo inferior livre;
o Colocar a vítima confortavelmente se consciente, PLS quando inconsciente tendo o cuidado de colocar o lado atingido para baixo (libertando o lado não atingido).
- Traumatismo abdominal
Existe uma multiplicidade de lesões a nível abdominal devido à exposição desta zona. Pode acontecer fracturas dos ossos da bacia, rotura de orgãos ocos, maciços, rotura do diafragma, etc.
Sinais e Sintomas
Dor localizada;
Contractura muscular;
Sinais e sintomas de choque, hemorragia e mesmo asfixia.
Primeiro Socorro
Vigiar funções vitais e prevenir choque;
Se ferida superficial, fazer penso e cobertura;
Se existir suspeita de fractura da bacia, imobilidade total;
Se traumatismo aberto aplicar penso e cobertura;
o Se consciente colocar a vítima numa posição confortável, se inconsciente e o tipo de lesão o permitir, PLS.
- Traumatismo das extremidades
Por amputação:
Existe a separação de um membro ou parte do resto do corpo, podendo ser por corte, arrancamento ou esmagamento provocando a destruição de tecidos.
Sinais e Sintomas
Hemorragias;
Choque.
Primeiro Socorro
Controle da hemorragia e protecção da zona;
o Colocar a parte amputada dentro de um saco limpo e depois colocar esse saco noutro que contenha gelo.
Por esmagamento
Existe uma pressão exercida sobre um membro ou outra região do corpo que impede a circulação. Desta pressão podem resultar ainda lesões nos tecidos moles e fracturas.
Sinais e Sintomas
Feridas;
Fracturas;
Choque;
o Devido à libertação de substâncias tóxicas nas áreas esmagadas há provável compromisso funcional dos ins, podendo provocar uma nsuficiência renal aguda.
Primeiro Socorro
Vigiar funções vitais;
Controlar hemorragias;
Imobilizar fracturas;
o Aplicação de um garrote venoso antes da área atingida e proceder ao alívio da pressão movendo o menos possível esta área;
o Recolher alguma informação acerca da duração do esmagamento.
Afogamento
O termo afogamento significa paragem cardio-respiratória num fluido, geralmente a água. A consequência primária da submersão é paragem ventilatória. A paragem cardíaca é secundária. A circulação cerebral pode ser preservada durante algum tempo, em particular nas crianças. As manobras de reanimação podem ser bem sucedidas mesmo após longos períodos de emersão, em particular se esta correu em água fria, pois ao afogamento associa-se muitas vezes a hipotermia (temperatura central do organismo inferior a 35ºC). Em suporte básico não é relevante a diferença entre água doce ou salgada.
As manobras básicas de reanimação são de difícil execução em águas profundas, mas logo que o socorrista tenha um ponto de apoio, deve tentar ventilar com ar expirado, utilizando nesse caso, de modo preferencial, um método Boca/Nariz. Logo que em terra firme a via aérea deve ser permeabilizada com o dedo indicador.
Por espasmo da laringe, cerca de 10% dos casos não paresentam qualquer fluido na via aérea.
Ter em atenção que as vítimas de afogamento têm muitas vezes hipotermia e bradicardia (frequência cardíaca abaixo do normal) sendo necessário mais tempo que os 10s para localizar e determinar a presença ou ausência de sinais de circulação.
A compressão cardíaca é efectuada nos moldes já descritos. Os métodos devem ser mantidos durante mais tempo porque a hipotermia e a bradicardia podem exigir manobras de RCP com duração superior a 30min.
Há uma grande influência para ligar “shock” ou choque, com uma hemorragia súbita, com um acidente vascular cerebral ou com um ataque seja ele qual for. Também se chama choque à passagem de corrente eléctrica pelo corpo humano.
Conceito
O choque designa geralmente um estado de colapso do aparelho cardiovascular ou, melhor dizendo, a consequência de uma falência circulatória periférica generalizada, com perfusão tecidular inadequada.
Quando o transporte de O2, de nutrientes e produtos de excreção falha por diminuição da velocidade de circulação ou por falha do veículo de transporte, há perfusão inadequada com falência circulatória periférica generalizada: há choque.
Sinais e sintomas
Palidez;
Diminuição da temperatura corporal;
Pele húmida, e muitas vezes, viscosa;
Há agitação inicial e depois apatia;
Pulsação rápida e fraca;
Ventilação superficial, difícil, rápida ou irregular e ofegante;
Pode existir dilatação pupilar;
Náuseas e vómitos;
Vítima fica inconsciente.
Primeiro Socorro
Deitar a vítima em decúbito dorsal (de costas);
Desapertar-lhe as roupas no pescoço, peito e cintura;
Verificar se está consciente, se ventila, se há sinais circulatórios e, em caso afirmativo, mantê-la deitada, com a cabeça baixa e as pernas levemente levantadas;
Animar e mobilizar a vítima;
Manter a temperatura corporal;
Não dar nada a beber;
Colocar a vítima em Posição Lateral de Segurança no caso de estar inconsciente.
Hemorragias
A maioria das hemorragias envolve mais do que um tipo de vaso sanguíneo. O sangue que sai das artérias é vermelho vivo e esguicha, por isso as hemorragias artérias são as mais perigosas e difíceis de controlar. O sangue que sai das veias flúi uniformemente e possui coloração escura. Quando sai dos capilares o sangue flúi bem devagar.
As hemorragias dividem-se em internas e externas.
- Hemorragias externas
Numa hemorragia externa o sangue que sai dos vasos sanguíneos é visível.
Primeiro socorro
Existem dois processos principais para estancar o sangue de uma hemorragia externa: Compressão Manual Directa (sobre a ferida que sangra) e Compressão Manual Indirecta (sobre o vaso sanguíneo – artéria – responsável pela irrigação da zona ferida que sangra).
Qualquer um dos processos deve ser associado à elevação do membro, se este for o local da hemorragia, mantendo-o mais elevado do que o coração.
Procedimento
o Cobrir o ferimento com firmeza, usando pano limpo (lenço, gaze, compressa, pedaço de toalha, roupa, …);
o Se o penso se ensopar de sangue não deve ser retirado. Coloca-se outro por cima e faz-se uma compressão manual mais forte;
o Comprimir e elevar simultaneamente os membros feridos;
o Se essas medidas não forem suficientes, então é necessário comprimir a artéria afectada um pouco acima da lesão;
o Quando a vítima tem alguma parte do corpo amputada ou dilacerada, as hemorragias podem ser controladas com o uso de torniquete.
Nota: A compressão manual directa não deve ser aplicada caso exista no local um corpo encravado ou uma fractura.
Cuidados no uso de torniquete:
- O torniquete é feito acima da área com hemorragia;
Hemorragia da palma da mão
Primeiro socorro
o Colocar um rolo de pano na palma da mão que deve ser apertado pela vítima (na ausência de corpos estranhos ou fractura);
o Rodar o seu punho de modo a que os dedos fiquem voltados para baixo;
o Colocar por baixo uma gravata larga que irá seguidamente envolver toda a mão, de modo que a ponta do lado do dedo polegar venha a cobrir os seus 4 dedos desde o indicador até ao mínimo e a outra cubra o dedo polegar;
o Puxar para si a mão da vítima, com o antebraço perpendicular ao seu corpo e, alternadamente, puxar as pontas da gravata em sentido contrário, de modo a obrigar os dedos da vítima a apertarem o rolo de pano e atando-as depois à volta do punho;
o Executar a suspensão do membro superior.
- Hemorragias internas
As hemorragias internas podem ser visíveis ou invisíveis.
Quando a hemorragia é invisível só é possível detectar a sua existência pela verificação dos seguintes sintomas e sinais:
Dor no local ou irradiante;
Sede (se houver perda de líquidos em grande quantidade);
Zumbidos;
Gradual dificuldade de visão;
Pulso progressivamente rápido e fraco;
Ventilação progressivamente mais rápida e superficial;
Pupilas progressivamente dilatadas;
Outros sinais e sintomas de choque.
Primeiro socorro
Tem como finalidade estancar a hemorragia ou, se tal não for possível, evitar ao máximo a saída de sangue.
Hemorragia Interna Invisível
Arejar o local para a vítima poder ventilar de forma mais eficaz;
Desapertar as roupas no pescoço, tórax e abdómen;
Animar e moralizar;
Se consciente, instalar a vítima numa posição de conforto, movimentando-a o menos possível;
Se inconsciente, colocá-la em Posição Lateral de Segurança;
Manter a temperatura corporal;
Não dar nada a beber;
Promover a evacuação para o hospital.
Hemorragia Interna Visível
O sangue sai através da boca e provém dos pulmões.
Hamoptise – sangue vermelho vivo, espumoso que sai acompanhado de tosse e falta de ar (dispneia).
Que fazer?
Fazer tudo o indicado anteriormente;
Se a vítima estiver consciente, recomendar que esta ventile pausadamente para evitar tossir.
O sangue sai através da boca e provém do tubo digestivo
Hematemese – sangue de cor diversa que sai acompanhado de vómito e geralmente de dor abdominal.
Que fazer?
Fazer tudo o indicado anteriormente;
Se a vítima estiver consciente, tentar evitar o vómito;
Colocar um saco de gelo (envolvido com um pano para evitar o contacto directo com a pele) sobre o abdómen;
Epistáxis -O sangue sai pelo nariz
Que fazer?
o A hemorragia pelo nariz pode ser devida a traumatismo craniano. Sempre que haja suspeita desta situação, não tamponar nem fazer compressão digital;
o Colocar a vítima com a cabeça direita no alinhamento do corpo, isto é, nem inclinada para a frente porque aumenta o fluxo do sangue, nem para trás porque o sangue escorre para a garganta e pode provocar uma situação de dificuldade ventilatória;
o Fazer compressão com os dedos polegar e indicados em pinça, apertando as extremidades das narinas, durante cerca de 10 minutos;
o Aplicar frio no local através do uso de gelo não directamente sobre a pele;
o Apenas em último caso, se a compressão digital e o arrefecimento nasal se revelarem insuficientes pode fazer o tamponamento das duas narinas, usando para o efeito uma tira de pano ou gaze, com cerca de 30 cm de comprimento e 1cm de largura, a qual será introduzida com uma pinça em pequenas porções de cada vez, tal como um harmónico;
o Promover o transporte ao hospital, se necessário.
Intoxicações
Em função das manifestações sintomatológicas (sinais e sintomas), consideram-se as intoxicações como:
Agudas
Quando os sinais e sintomas, se revelam num curto espaço de tempo após o contacto do tóxico com o organismo (ex: intoxicação com medicamentos).
Crónicas
Quando os sinais e sintomas aparecem meses ou anos depois, por contacto prolongado com um determinado tóxico.
Consideram-se as intoxicações em função da forma de contacto do tóxico com o organismo, como:
Inalatórias, ex.: inalação de um gás tóxico na atmosfera;
Gastro-intestinais, ex.: alimentos contaminados;
Cutâneas, ex.: pesticidas;
Circulatórias directas, ex.: auto-injecção com opiáceos;
Oculares, ex.: jacto de desodorizante.
Sinais e sintomas
Odor pouco habitual na atmosfera;
Seringa ou caixa de medicamentos vazios;
Grupo de pessoas com sintomas idênticos após refeição.
Primeiro socorro
Actuação geral
· Exame geral da vítima;
· Recolha de informações, obtendo respostas às seguintes questões:
- O quê? (qual o tóxico)
- Como? (qual a via)
- Quanto? (qual a quantidade)
- Quando? (há quanto tempo)
- Quem? (sexo, idade, peso, sintomatologia, factores agravantes da vítima)
CONTACTAR CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTI-VENENOS (CIAV)
– 808 250 143 -
Actuação Específica
Via cutânea
- Lavar abundantemente com água corrente e sabão cerca de 20-30 minutos;
- Retirar roupas contaminadas;
- O socorrista deve usar luvas e, eventualmente, máscara.
Via ocular
- Lavar abundantemente com água ou soro fisiológico do canto lacrimal (interno) para o canto temporal (externo).
Via inalatória
- Eliminar a fonte do tóxico, arejando e retirando a vítima do local contaminado.
Via circulatória directa
- Arrefecer localmente;
- Manter a vítima imóvel.
Feridas
Podem classificar-se como:
Superficiais
- Simples – não necessitando de tratamento médico ou diferenciado.
- Complicadas – necessitando de tratamento médico ou diferenciado.
Profundas ou Penetrantes
- Requerem sempre tratamento médico ou diferenciado (podem associar-se a lesões nos órgãos internos).
Deve-se no entanto ter sempre cuidado com qualquer ferida pois eventuais complicações são possíveis:
- Infecção;
- Hemorragia;
- Choque;
- Lesões de nervos e tendões;
- Lesões de órgãos internos;
- Contaminação – doença (ex: tétano e raiva).
Primeiro Socorro
De feridas não requerendo tratamento médico ou diferenciado:
1. Acalmar a vítima falando com ela, saber como se feriu e se tem em dia a vacina contra o tétano;
2. Expor a zona da ferida para se poder observar cuidadosamente (tirar a roupa ou descoser, se necessário);
3. Se necessário, retirar adornos (anéis, fios, …);
4. Nunca falar, tossir, espirrar ou fumar para cima de uma ferida ou penso;
5. Ter mãos e unhas lavadas com água e sabão;
6. Deve lavar / desinfectar a ferida com:
- Água e sabão;
- Solução anti-séptica.
Nota: Não usar álcool ou soluções corantes como mercúrio-cromo e tintura de iodo. Poderão ser utilizadas soluções coradas (não corantes), as quais não impregnarão a pele ou a ferida aquando da sua utilização, dado serem soluções aquosas e não soluções alcoólicas.
7. Colocar um penso e fazer a sua fixação com uma cobertura.
Limpeza
A limpeza de uma ferida deverá ser feita em duas fases:
- Lavagem da zona da pele intacta, perifericamente à ferida, partindo dos seus bordos para a região mais afastada;
- Lavagem da ferida propriamente dita, a qual deverá ser feita do centro desta para o exterior.
Nota: Devem utilizar-se compressas ou panos limpos, sem pêlos. O algodão não é aconselhável.
Penso
- Penso rápido (se a ferida for pequena);
- Penso improvisado, usando compressas ou panos limpos sem pêlos, fixando-os depois com adesivo, ligaduras ou lenços triangulares.
No caso de feridas que requeiram tratamento médico ou diferenciado (ex: na boca, nariz, pescoço, olhos, órgãos genitais ou quaisquer feridas extensas e/ou profundas):
- Proceder como indicado no 1º socorro de 1 a 4;
- Não lavar/desinfectar;
- Proteger a ferida com compressas ou panos limpos e secos;
- Efectuar a cobertura;
- Promover transporte para o hospital.
Casos Especiais
- Avaliar a necessidade de ser feito reforço da vacina antitetânica, caso as circunstâncias da ferida o exijam;
- Se existe objecto encravado (faca, vidros, etc.) nunca se retira. Fazer uma protecção com rodilha (s), para que o objecto não alargue os bordos da ferida ou se afunde mais e fixar com cobertura.
- Se o objecto estranho está nos olhos, tentar retirá-lo com um fio de água corrente, do canto interno para o externo. Se não sair, fazer um penso oclusivo e vendar os dois olhos;
- Em feridas profundas no tórax, fazer tamponamento impermeável;
- Em feridas nas articulações com suspeita de lesão de nervos, músculos ou tendões, fazer penso na posição em que se encontrem os membros e imobilizar na mesma posição;
- Em feridas no abdómen, proteger com compressas ou panos limpos sem pêlos.
Queimaduras
Provocadas por:
- Fogo;
- Atrito;
- Fricção;
- Líquidos a ferver;
- Vapores;
- Electricidade;
- Radiações solares;
- Frio;
- Produtos químicos (ácidos e substâncias alcalinas).
A classificação da gravidade de uma queimadura depende dos seguintes factores:
- Profundidade de pele queimada (grau);
1º Grau – A pele está vermelha (eritema), quente, seca, dolorosa e sente-se ardor; é uma lesão à superfície da pele;
2º Grau – Envolve também a pele em maior profundidade a qual fica igualmente vermelha, quente, seca com ardor e dor, aparecendo bolhas (flictenas) que têm no seu interior um líquido (plasma);
3º Grau – Há destruição da pele e de outros tecidos adjacentes, podendo chegar à carbonização. Poderá haver destruição das extremidades de nervos sensitivos. Todavia, à volta da queimadura podem existir terminações nervosas não atingidas o que causará bastante dor (queimaduras do 1º e 2º grau).
- Extensão
Quantidade de pele queimada.
Um indivíduo com um terço da sua pele queimada poderá morrer em consequência das lesões decorrentes da queimadura.
- Localização
Queimaduras na face, pescoço, tórax, órgãos genitais e articulações são sempre graves, independentemente do seu grau.
- Idade
É considerada mais grave nas idades extremas (crianças e idosos).
Complicações
Choque – Devido a dor violenta e perda de plasma quando esta se verifica. Frequente nos grandes queimados.
Infecção – Frequente nas queimaduras do 2º e 3º grau pela destruição da pele (perda da defesa contra as infecções).
Primeiro Socorro
Em caso de queimaduras muito extensas:
Não despir, nem arrancar a roupa. Arrefecer imediatamente para aliviar a dor e parar o processo da queimadura;
Cobrir a zona ou toda a vítima com um lençol limpo sem pêlos, levemente humedecido e depois tapá-la com um cobertor;
Prevenir o choque e a hipotermia;
Promover o transporte para o hospital.
Em caso de queimaduras pouco extensas:
1º Grau – Arrefecer o mais possível até desaparecer a dor por completo, colocando sobre a zona atingida compressas ou panos limpos sem pêlos, molhados com água fria ou com gelo. Também se pode colocar a área lesada debaixo de água corrente, fria, pelo menos 10 minutos. Após o arrefecimento, colocar um creme hidratante, neutro e sem corantes (ex: creme nívea). Não colocar gorduras.
2º Grau – Arrefecer com água o mais fria possível. Se necessário promover a evacuação da vítima para o hospital. Não rebentar as bolhas.
3º Grau – Arrefecer com água o mais fria possível.
Casos Especiais
Queimaduras nos olhos
- Lavar demoradamente com um fio de água corrente, do canto interno para o externo. Deixar o globo ocular humedecido. Colocar a vítima num ambiente com pouca luz, a fim de evitar a colagem das pálpebras. Não fazer penso oclusivo.
Queimaduras nas articulações e em zonas de contacto
- São locais onde a pele queimada pode ficar em contacto com a pele também queimada, o que pode originar colagem. Assim, em todos estes pontos, deve-se interpor compressas ou panos limpos, sem pêlos e molhados para se evitar a colagem.
Queimaduras provocadas por produtos químicos
- A vítima é colocada rapidamente debaixo de água corrente, de preferência chuveiro, completamente vestida. A roupa é retirada durante o duche, o qual deve demorar de 15 a 20 minutos. Cobrir a vítima e promover o seu transporte ao hospital.
Coberturas
Todos os pensos colocados sobre feridas ou queimaduras têm de ser ficos com coberturas.
As coberturas podem ser executadas, utilizando:
- Lenços triangulares;
- Ligaduras.
Assim serão apresentadas competências essenciais para prestar auxílio imediato às vítimas de acidentes e mal súbito, mantendo-a com vida até a chegada de auxílio competente, reduzindo complicações por atendimentos totalmente leigos e intempestivos.
É no entanto necessário, para além do 1º socorro, que alguém accione uma ambulância.
SIEM é definido como: Intervenção activa dos vários elementos comunitários, individuais e colectivos, sejam eles extra-hospitalares ou hospitalares, programados de modo a possibilitar uma acção rápida, eficaz e com economia de meios, em situação de doença súbita, acidente ou catástrofe, cujo objectivo final é o restabelecimento total da vítima.
1. Detecção: momento em que alguém se apercebe da existência de uma ou mais vítimas de acidente ou doença subida;
2. Alerta: contactar o número nacional de emergência (112) ou de qualquer outro meio, dando conta da ocorrência anteriormente detectada;
3. Pré-Socorro: conjunto de gestos simples de socorrismo básico, normalmente executados por socorristas formados no seio da população e que são mantidos até à chegada de meios de socorro mais especializados;
4. Socorro: conjunto de gestos de socorro complementar executados pelos tripulantes de ambulância e que visam a continuação da estabilização da vítima ou doente;
5. Transporte: desde o local onde ocorreu a situação de emergência até à entrada no estabelecimento de saúde adequado e definitivo, garantindo ao doente a continuidade da prestação de cuidados de saúde;
6. Tratamento hospitalar: após a entrada no estabelecimento de saúde, SAP ou hospital mais próximo, a vítima é avaliada e são iniciadas as medidas de diagnóstico e terapêutico com vista ao seu restabelecimento.
- Chegada rápida ao local da ocorrência;
- Estabilização da vítima ou doente no próprio local;
- Transporte adequado do sinistrado ou doente;
- Tratamento adequado a nível hospitalar, estando prevista a possibilidade de transferência para um hospital mais diferenciado que garanta os cuidados definitivos.
- Público em geral;
- Operadores das centrais de emergência;
- Agentes da PSP/GNR;
- Bombeiros;
- Cruz Vermelha Portuguesa;
- Tripulantes de ambulância;
- Médico e enfermeiros, quer em trabalho pré-hospitalar quer hospitalar;
- Pessoal técnico e auxiliares de acção médica dos hospitais;
- Pessoal técnico na área das telecomunicações e informática.
Em situações de emergência é fundamental manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico.
Não esquecer que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.
O objectivo da Prevenção é diminuir o número de acidentes ou, na impossibilidade de os impedir, minimizar as suas consequências.
O Alertar destina-se a chamar para o local do acidente, pessoal especializado na sua estabilização e no transporte da (s) vítima (s) para um centro médico de urgência.
O socorrista actua essencialmente no local de acidente providenciando a chamada de socorros especializados, devendo nunca abandonar a(s) vítima(s). Devem ser fornecidas as seguintes informações no decorrer chamada de emergência:
1. Local exacto do acidente;
2. Número de vítimas e o seu estado;
3. Idade aproximada da (s) vítima (s);
4. Possibilidade de existência de factores agravantes, tais como:
- Perigo de Incêndio;
- Perigo de Explosão;
- Vítimas Encarceradas;
- Afogamento;
- Acidentes Eléctricos.
Chegando ao local do acidente o socorrista deve:
Prevenir/Proteger
Afastar o perigo da vítima ou afastar a vítima do perigo.
Alertar
- Observar o local e a (s) vítima (s);
- Interrogar a (s) vítima (s) e/ou a (s) testemunhas (s).
Socorrer
Socorro essencial – Situações prioritárias em relação a todas as outras, quer na prestação do Primeiro Socorro, quer na evacuação para um centro hospitalar, uma vez que comprometem a vida da (s) vítima (s).
Alterações cardio-respiratórias
Choque
Hemorragia
Envenenamento
Socorro secundário – Situações que devem ser socorridas depois das situações de socorro essencial (ACHE) estarem estabilizadas. Necessitam, no entanto, de vigilância constante pois o seu estado pode agravar-se, evoluindo para uma situação de socorro essencial, nomeadamente o choque.
Evacuar
A evacuação competirá aos tripulantes de ambulância (levantamento e transporte).
Exame Geral da Vítima
- Exame Primário
Avaliação do grau de consciência
O socorrista deve iniciar a sua abordagem pela determinação do grau de consciência. Nas vítimas conscientes deverá avaliar o grau de lucidez / obnubilação / desorientação temporal e espacial.
Na avaliação do grau de consciência deve:
1. Abanar levemente a vítima, ao nível dos ombros.
2. Falar com a vítima, questionando-a: “Está a ouvir-me? Está a sentir-se bem? Sabe onde está? Como se chama? Que dia é hoje? Que horas são?”
Avaliação da função ventilatória
O socorrista deve VER os movimentos do tórax e abdómen, OUVIR o ar a entrar e sair das vias aéreas e SENTIR o ar expirado da vítima, encostando a sua face ao nariz e boca da vítima. No caso da ventilação estar presente, o socorrista deve avaliar a sua frequência (nº de ciclos ventilatórios/min.), a amplitude (superficial ou profunda) e ritmo (regular ou irregular).
Avaliação da função circulatória
O socorrista deve procurar a existência ou ausência de pulsação arterial, pesquisando-a ao nível do pescoço, na artéria carótida (para adultos e crianças), ou ao nível do braço, na artéria umeral (para bebés), utilizando sempre o dedo indicador e o médio (nunca o dedo polegar pois este tem pulsação própria).
No caso de existência de pulsação o socorrista deve avaliar a sua frequência (nº de batimentos/min.), a amplitude (fraco ou forte) e ritmo (regular ou irregular).
Abordagem da Vítima
Confirmar a segurança no local, sacudir suavemente os ombros da vítima perguntando-lhe ao mesmo tempo e em voz alta “Está a sentir-se bem?”
Se a vítima responde ou se move:
1. Deixe-a na posição em que a encontrou, desde que isso não represente perigo acrescido e verifique se há sinais de ferimentos;
2. Reavalie-a periodicamente e peça ajuda se necessário.
Se a vítima não responde:
Peça ajuda, gritando se necessário, e mantenha a via aérea desobstruída.
1. Desaperte a roupa à volta do pescoço, tórax e abdómen;
2. Vire a cabeça de lado e desobstrua a boca removendo corpos estranhos, incluindo próteses dentárias soltas, mas deixando as dentaduras que estão bem ajustadas na sua posição normal;
3. Coloque a sua mão no cimo da testa, exercendo pressão para inclinar a cabeça, mantendo o polegar e o indicador livres para tapar o nariz, no caso de ser necessário praticar ventilação artificial;
4. Levante o queixo pela ponta. Esta manobra em conjunto com a manobra descrita em 3 designa-se por extensão da cabeça, não devendo ser executada em caso de suspeita de lesão cervical.
Observe, ouça e sinta ventilação:
1. Observe os movimentos do tórax;
2. Ouça junto da boca os sons ventilatórios;
3. Sinta na sua face o ar expirado pela vítima;
4. Observe, ouça e sinta durante dez segundos, antes de concluir pela ausência de ventilação.
Avalie os sinais de circulação
Actualmente, o método mais rápido e seguro para as pessoas que se estão a iniciar no estudo do Suporte Básico de Vida determinarem a presença de sinais de circulação, ou seja, sinais de actividade cardíaca eficaz, consiste na avaliação da presença de respiração espontânea, tosse, deglutição e movimentos, particularmente como resposta à insuflação de ar expirado, nas vias aéreas superiores.
Socorro Geral
Se a vítima não responde e ventila:
1. Peça a alguém que telefone a pedir ajuda (112);
2. Mantenha-a sob observação atenta, certificando-se de que ventila livremente;
3. Se não houver risco de agravar uma lesão, coloque a vítima em posição lateral de segurança.
Se a vítima não ventila, mas tem sinais de circulação:
1. Num adulto, e após garantida a segurança no local, peça a alguém que telefone a pedir ajuda (112);
2. Inicie de imediato a ventilação artificial. Para tal coloque a vítima de costas. Em caso de traumatismo cervical role-a cuidadosamente e sob tracção;
3. Assegure-se de que a cabeça está em extensão e o queixo levantado. Em caso de lesão cervical deve ser utilizada a técnica de elevação da mandíbula;
4. Aperte o nariz entre o indicador e o polegar, de modo a que fique bem, vedado;
5. Inspire profundamente e coloque os seus lábios à volta da boca da vítima, certificando-se de que não há fugas de ar;
6. Insufle lentamente e por duas vezes consecutivas, para o interior da boca da vítima, observando a expansão do tórax. Cada insuflação completa deve demorar cerca de 2 segundos;
7. Mantendo a cabeça em extensão e o queixo levantado, afaste a sua boca da vítima e verifique que o tórax se esvazia com a saída do ar;
8. Inspire profundamente mais uma vez e repita a sequência dos movimentos até 10 a 12 insuflações. Isto deverá demorar cerca de um minuto, ou seja, o intervalo entre as insuflações é de cerca de 4 a 5 segundos;
9. Perante uma criança com menos de 8 anos, uma vítima de traumatismos, de afogamento ou de intoxicação por drogas, e quando se encontra sozinho, pode retardar o pedido de ajuda para o 112 após um minuto de manobras de Suporte Básico de Vida;
10. Após esta chamada de socorro, volte para junto da vítima e, como inicialmente, reavalie o grau de consciência, ventilação e sinais circulatórios. Se os sinais circulatórios estão presentes, continue apenas com a ventilação artificial e verifique sinais de circulação após cada 10 insuflações, praticando as compressões torácicas se não houver sinais circulatórios.
Se a vítima não tem sinais de circulação:
1. Num adulto ou em criança com mais de 8 anos, após garantida a segurança do local, telefone a pedir ajuda, ou então peça a alguém que o faça;
2. Coloque a vítima de costas; em caso de traumatismo cervical role a vítima cuidadosamente sob tracção. Certifique-se que se encontra sobre uma superfície lisa e firme;
3. Abra a via aérea fazendo a extensão da cabeça e levantando o queixo, ou eleve a mandíbula se houver lesão cervical;
4. Faça duas insuflações eficazes de ar expirado. Cada insuflação deve demorar cerca de 2 segundos;
5. Inicie as compressões torácicas. Para tal, usando os dedos indicador e médio, localize o bordo inferior da grelha costal;
6. Mantendo os seus dedos unidos, localize o ponto onde as costelas se unem, no apêndice xifóide. Com o dedo médio no apêndice xifóide, coloque o indicador logo acima, no corpo do esterno;
7. Coloque a base da outra mão logo acima do indicador, apoiada na porção média da metade inferior do esterno;
8. Coloque a base da primeira mão sobre a outra e entrelace os dedos das duas mãos para assegurar que a pressão não é exercida sobre as costelas;
9. Debruce-se sobre o tórax da vítima, com os braços posicionados verticalmente e bem esticados, exercendo pressão sobre o esterno e provocando uma depressão do tórax de cerca de 4-5 centímetros, aplicando apenas e só a pressão suficiente para atingir este objectivo. Nunca permita que as mãos abandonem o contacto com o tórax da vítima;
10. Tente que o tempo gasto na fase de compressão e na fase de descompressão seja igual;
11. A frequência de compressão num adulto deve ser de 100/min;
12. Combine a ventilação com a compressão, de modo a que o sangue ao circular artificialmente esteja devidamente saturado com oxigénio, de acordo com a seguinte sequência:
- Após cada grupo de 15 compressões deve proceder a 2 insuflações com a cabeça em extensão e o queixo levantado. Deve existir apenas o intervalo mínimo entre a sequência de 15 compressões e 2 insuflações;
13. O método é igual em qualquer circunstância, quer seja aplicado por um ou dois socorristas em simultâneo.
Execução da Posição Lateral de Segurança (PLS):
1. Peça a alguém que telefone a pedir ajuda (112);
2. Ajoelhe-se ao lado da vítima com um dos joelhos ao nível da linha inter-mamilar e o outro ao nível da linha umbilical;
3. Mantenha a via aérea permeável através de uma correcta extensão de cabeça e da lateralização da mesma para o lado onde se encontra o socorrista;
4. O membro superior da vítima do lado do socorrista deve ser articulado pelo nível do ombro e colocado para junto da cabeça de modo a ficar ao seu lado;
5. As mãos do socorrista vão pegar nos membros do lado oposto da vítima, procurando situar uma ao nível do antebraço, evitando fazer quaisquer rotações deste, e a outra por debaixo do joelho, fazendo com que esta articulação fique em flexão;
6. Com os seus joelhos bem fixos no terreno, o socorrista puxa suavemente naqueles pontos de modo a que a vítima fique em decúbito lateral, apoiando-a se necessário com as coxas, até que a estabilidade final da posição seja conseguida.
Esta posição deve respeitar o seguinte:
- Ser estável;
- Evitar a flexão lateral da região cervical;
- Permitir uma boa observação e acesso à via aérea;
- Manter uma boa drenagem de fluidos pela boca;
- Permitir uma boa distensibilidade pulmonar;
- Manter uma boa patência à via aérea;
- Poder voltar a vítima com facilidade para decúbito dorsal.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O nosso guião
No âmbito da disciplina de Área de Projecto temos por objectivo a realização de um trabalho, cujo tema é Primeiros Socorros. Este trabalho abarca os conceitos gerais e métodos de assistência própria e alheia. O ensino de primeiros socorros é hoje restrito a determinadas profissões e actividades específicas. Desta forma, os conhecimentos gerais sobre assistência e métodos a aplicar em situações de queimaduras, fracturas, males súbitos e outros sinistros são de total ignorância da nossa população. Ao criar-se este trabalho, pretendemos adoptar uma metodologia que deverá motivar a busca de novas informações por parte da comunidade escolar sobre o seu bem-estar e a sua saúde.
- Problema: o ensino de primeiros socorros é restrito a determinadas profissões e actividades específicas.
- Proposta de solução: criar programas de primeiros socorros para voluntários, a nível das escolas;
A um prazo mais alargado a implementação dos primeiros socorros no currículo escolar dos portugueses (como já acontece noutros países).
- Objectivos
Gerais:
* Incentivar a aprendizagem ampla e generalizada dentro da comunidade e demonstrar o quanto os primeiros socorros são um elemento essencial à formação básica do individuo e sua integração na sociedade.
* Incentivar o voluntariado (divulgar conhecimentos, prestar auxilio).
* Tornar cada cidadão um socorrista.
Específicos:
* Avaliar o nível de conhecimento acerca de primeiros socorros dentro da comunidade escolar, antes e depois de divulgada a informação;
* Divulgar a informação relevante, utilizando diferentes métodos apelativos;
* Executar um trabalho escrito e multimédia que fique como apoio a toda a comunidade escolar;
* Lançar o desafio de uma possível continuidade deste projecto nos anos futuros.
- Público-alvo
* Toda a comunidade escolar (alunos e professores).
Alunos porquê?
Os jovens têm motivação para aprender a prática de primeiros socorros se forem ministradas de forma apelativa. Os jovens serão os futuros socorristas, como tal, é importante consciencializá-los do seu papel na protecção e socorro das vidas.
Professores porquê?
A formação activa é uma das formas de ajudar os jovens a estarem preparados para qualquer situação de emergência, de forma a tomarem conta de si próprias e dos seus colegas. Assim, os professores têm um papel fulcral neste processo de promoção da segurança infantil e juvenil, alertando os jovens sobre os métodos de assistência própria e mútua.
- Metodologia
* Visita a entidade de saúde, procurando recolher informações relevantes (ex.: INEM, Bombeiros Municipais de Faro, Cruz Vermelha,…). Inicialmente estabelece-se contacto com a instituição propondo a colaboração dos seus possíveis responsáveis em comunicações de informação. Posteriormente divulga-se o evento (local, data…) e convida-se o público escolar. As palestras serão filmadas e recorrer-se-á à elaboração de relatórios.
* Realização de um inquérito inicial e um inquérito final (elaboração de conclusões)
* Afixação em cartazes da informação relevante
* Trabalho escrito
* Construção de um site
* Elaboração de um filme final
- Divisão das tarefas
1ºPeríodo:
* Ida ao INEM, em Faro, e recolha de informação na instituição: Sandra Brás
* Organização da informação recolhida no INEM: Jorge Ramos, Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás, Tânia Gonçalves.
* Pesquisa na Internet de informação sobre o tema: Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás, Tânia Gonçalves.
* Elaboração de uma carta para a Dr.ª Filomena: Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás. Colaboradora: Tânia Gonçalves.
* Rectificação da carta: Pedro Sampaio, Jorge Ramos e Ricardo Nunes.
* Elaboração do guião: Tânia Gonçalves. Colaboradores: Ricardo Nunes e Sandra Brás.
* Elaboração de perguntas para o inquérito: Jorge Ramos, Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Estruturação o inquérito: Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Conversa com a professora Conceição acerca da estrutura do inquérito: Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Análise das observações tecidas pela professora Conceição e posterior rectificação do inquérito: Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Elaboração da carta dirigida aos directores de turma para divulgação e distribuição do inquérito pelos alunos: Pedro Sampaio, Ricardo Nunes. Colaborador: Jorge Ramos.
* Filme inicial: Ricardo Nunes. Colaboração na recolha de material: Sandra Brás.
* Ida à Cruz Vermelha, em Faro, e recolha de informação na instituição: Sandra Brás.
* Ida aos Bombeiros Municipais de Faro: Tânia Gonçalves.
* Preparação da apresentação à turma do guião de projecto: Jorge Ramos, Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Nova rectificação do inquérito com auxílio da professora Conceição: Pedro Sampaio e Ricardo Nunes.
* Distribuição dos inquéritos pelos directores de turma: Jorge Ramos, Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Tratamento dos dados do inquérito: Jorge Ramos, Pedro Sampaio, Ricardo Nunes, Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Estruturação do portfólio com a informação já recolhida: Jorge Ramos, Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
* Selecção das turmas e número de alunos a que se destina o inquérito: Jorge Ramos, Pedro Sampaio e Ricardo Nunes.
* Contacto com as entidades responsáveis pela comunicação oral e definição das datas das palestras: Pedro Sampaio e Ricardo Nunes.
* Divulgação das datas das palestras: Jorge Ramos, Pedro Sampaio, Ricardo Nunes Sandra Brás e Tânia Gonçalves.
2º Período
* Actualização de alguns aspectos da divisão de tarefas.
* Continuação da recolha e organização de informação para colocar no portfólio:
* Organização das palestras (local, materiais necessários):
* Filme e relatório das palestras:
* Realização de um segundo inquérito, final:
* Tratamento dos dados do inquérito:
* Compra de cartolinas:
* Selecção de informação para colocar em cartazes:
* Exposição dos cartazes com a informação relevante:
3º Período
* Filme final:
* Relatório final:
- Recursos
- Humanos:
Os próprios elementos do grupo, directores de turma e/ou outras entidades escolares, alunos da escola e profissionais de saúde.
- Materiais:
Retroprojector
Acetatos ou CD’s
Computador
Material didáctico possivelmente fornecido pela instituição: boneco (manequim para simulação), caixa para aula de curativos (luvas, soro fisiológico, antissépticos, gaze, colar para imobilização…)
Livros
- Resultados esperados
- Esperamos sensibilizar a população escolar acerca deste tema tão actual e transmitir conhecimentos essenciais aos jovens, futuros socorristas, para que intervenham activamente, não permanecendo indiferentes.
- Esperamos aprofundar os nossos conhecimentos acerca do tema e cumprir com todos os objectivos traçados de modo a sentirmos que fomos bem sucedidos ao tratar deste assunto pouco divulgado nas escolas portuguesas e na própria sociedade.
- Esperamos ainda ser recompensados ao nível da avaliação qualitativa e quantitativa da disciplina e ver assim reconhecido o nosso empenho.
- Produto final
- Apresentação do trabalho escrito num portefólio de projecto que reflectirá toda a evolução do trabalho e estará constantemente actualizado. Nele serão abrangidos documentos das investigações levadas a cabo, comentários e reflexões criticas, sínteses, levantamento de possíveis problemas, glossário, fotografias, planeamento de inquéritos, entrevistas, grelhas de observação, bibliografia e outros recursos.
- Apresentação oral e multimédia onde será exposta a informação por conceitos-base e ideias orientadoras.
- Calendarização
1º Período (25 aulas)
Pesquisa e organização de informação essencial para o trabalho escrito (2 aulas);
Divisão de tarefas (1 aula);
Realização de um inquérito inicial e tratamento dos dados;
Contacto com as entidades responsáveis pela comunicação oral e definir a data das palestras;
Fazer uma primeira organização da exposição oral que se realizará no 2º Período.
2º Período
Actualização de alguns aspectos da divisão de tarefas.
Continuação da execução do portefólio
Realização das Palestras.
Realização de um segundo inquérito, final, e tratamento dos dados.
Exposição de cartazes com a informação relevante.
3º Período
Relatório final.
Filme final.
Avaliação final.
- Plano Orçamental
*os custos são reduzidos ou zero pois contamos com o material disponibilizado pela escola e com a boa vontade das entidades a quem nos dirigimos
- Proposta de avaliação
Propomos uma avaliação sequencial em que se verifique se o esforço foi contínuo de forma a diferenciar-se com justiça esse esforço. No entanto ainda nos encontramos numa fase inicial do projecto, como tal não temos uma proposta quantitativa adequada ao grupo e a cada um dos elementos.
E este é......